segunda-feira, 26 de março de 2007

Garça ou Gaivota?



A foto não deixa dúvidas. A ave, a que muitas vezes chamamos de Garça, é de facto uma Gaivota. No entanto não é considerado erro chamar de Garça, é apenas um “desvio”. Contudo, Mokamar entende que se devem chamar as coisas pelos nomes. Então, teremos, a partir de hoje, de chamar Gaivota à Garça, que não é Garça mas sim Gaivota. Perceberam? Não interessa. O importante é que agora já sabemos que são Gaivotas. Vai ser difícil, porque desde de pequenino que me ensinaram que era Garça, no entanto se é Gaivota, é Gaivota e Gaivota será. Por curiosidade, a sua descrição cientifica:
FILO: Chordata

CLASSE: aves

ORDEM: Canadriiformes

NOME CIENTIFICO: Larus argentatus

FAMÍLIA: Laridae

CARACTERÍSTICAS:

COMPRIMENTO: 60m

ENVERGADURA 137 cm

quarta-feira, 21 de março de 2007

Vale a pena "Navegar".

Caros leitores, Mokamar aconselha visitar o link, acima descrito (indicado pelo André), e chama a atenção para o "Diário de Bordo".
"Perde-se um bocadinho de tempo, mas fica-se mais perto do mar..." (Mokamar, 21-03-2007)
Profundo, não acham?

quinta-feira, 15 de março de 2007

Corvo. No limiar da civilização.


(Foto: Ruben Farias)

Caros leitores, apresento-vos o Corvo. Para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de visitar a ilha mais pequena do nosso arquipélago, vou tentar descrevê-la, através do relato, muito sussinto, da minha viagem a esta ilha. Na foto podemos ver toda a ilha, e o casario á esquerda junto ao mar é a tão nobre Vila do Corvo. Atracamos no porto, subimos uma rampa muito inclinada e encontramos um pequeno bar (não me consigo lembrar do nome), á nossa direita. Entraram, ao mesmo tempo, cerca de dezoito pessoas. Parecem poucas, mas foram as suficientes para o Mokamar ir ajudar o proprietário a tirar cafés (boa gente, o proprietário). Aqui começamos a perceber que realmente o tempo parou nesta ilha. Pedi ao dono um "capucino" e ele respondeu "Hã?! Um quê?", depois pedi um "panachê" e a resposta foi a mesma. Bom, não ficamos por aqui e, depois dos cafés e panachês, fomos à descoberta da ilha. Uma pequena montanha estava à nossa frente e queríamos conhecer o Caldeirão. Compramos o nosso bilhete (ou seja, entregamos o dinheiro ao condutor) para a viagem na única viatura de nove lugares na ilha e lá fomos. Chegamos ao objectivo (o Miradouro do Caldeirão) em 12 minutos, a cerca de 50 km/h. A minha perspectiva é a de um açoriano, ou seja, homem habituado ao verde e ao mar, e não me deslumbrei com o famoso Caldeirão. Melhor, com a a Lagoa do Caldeirão. É uma cratera que quando o nível da agua sobe, põe em evidência nove montinhos, e claro, nós portugueses quase que juramos que é a representação dos Açores, ou melhor, das nove ilhas. Nada disso, são só nove "montinhos". Tiramos fotos e regressamos. O gentil condutor lá foi conversando connosco, parou noutro miradouro no regresso e tiramos alguma fotos. Continuamos a nossa aventura e três minutos depois já estávamos a percorrer o "labirinto de ruas", que é a Vila do Corvo. Perceberam a piada, porque só existente meia dúzia de ruas, claro. Então o nosso anfitrião, o condutor, senhor Manuel, fez questão de passar em frente do seu restaurante (só existem dois) e sendo já 11:30 AM perguntei o que aconselhava para o almoço, ao que me respondeu "Pois é, temos peixe fresco, mas têm de se despachar, porque fechamos para almoço. Do meio-dia às cinco". Várias gargalhadas queriam-se soltar, mas foram contidas. "Porque será que é um restaurante, se está fechado para almoço?" pensamos. Estas situações, para quem já vive num bocadinho de civilização, como São Miguel, e tem a Cabo TV com o Discovery Chanell, são de facto no mínimo caricatas. Aliás, até custa a acreditar. No entanto percebesse, pelo dia a dia desta comunidade, que a paz aqui vivida é de fazer inveja. Reparem: a bomba de gasolina só abre uma hora por dia (das dezoito às dezanove), só exercem funções dois agentes da autoridade (GNR), vi carros a circular sem matricula, não é preciso usar capacete para andar de moto, o porto não tem lixo nem gasóleo no mar e toda a gente se conhece. Procurei no dicionário Corvino uma palavra mas não encontrei. Stress. O Corvo, deve ser um dos poucos locais em que o elemento atrás descrito (Stress) não está presente. Continuando...Almoçamos no outro restaurante em que a ementa era galinha no churrasco, churrasco de galinha e para quem não quisesse podia voltar à primeira forma, galinha no churrasco. Despedimo-nos da ilha com uma espera de cerca de cinquenta minutos ao sol, porque não há uma "sombrinha" pública. Parecia uma eternidade. Passamos parte deste tempo a observar a embarcação, que faz o transporte de bens entre as Flores e o Corvo, a descarregar mercadorias para os locais. Curiosidade é que, informaram-nos que toda aquela mercadoria era para uma mês, e estranhei as quinze caixas de cerveja. "Pois é, aqui vão dar para um mês. Na minha terra, se calhar, não dá para um quarto de hora, se contabilizarmos todos os cafés" pensei. Em jeito de conclusão a ilha tem uma paisagem bonita e a visita vale pelo contacto com uma comunidade que "se move" a uma velocidade a que já não estamos habituados. Aconselho a viagem, mas cuidado, mais do que vinte e quatro horas consecutivas nesta ilha podem causar graves danos de foro psicológico, bem como, alterar para sempre os níveis individuais de ansiedade. Claro que estou brincando, até porque as visitas à ilha demoram cerca de quatro horas e, diga-se de passagem, é tempo mais que suficiente para conhecermos a Ilha do Corvo.



quinta-feira, 8 de março de 2007

Tranquilidade...



(Foto: Ruben Farias)

Na nossa vila não há só poluição e confusão, também há natureza, lindíssima, e momentos de muita tranquilidade.
Assim sendo, gostaria de mostrar o ambiente de calma, paz e sossego, que a nossa Baía, por vezes, apresenta. Nestas alturas, olhando esta paisagem ao fim da tarde, na nossa “Banqueta “, penso ”Será que não temos qualidade de vida?” depois o meu subconsciente apressa-se a responder ”Não, somos a cauda da Europa”. Pois é, mas se entendermos que, muitas vezes, a qualidade de vida passa pela capacidade de fazer “pause” ao nosso quotidiano e de aproveitarmos as maravilhas que a mãe natureza nos dá, então sim, temos nos Açores, muita qualidade de vida, e na nossa vila também. Só espero que cada vez mais pessoas olhem para o mar de outra forma. Não só como toneladas de agua que nos habituamos a ver, nem tão pouco apenas como o local que têm de ir para garantirem o seu sustento, mas sim, um local quase sagrado que nos garante, a nós humanos, uma grande parte da nossa existência. Não fosse o mar água, que é tão-somente, o elemento principal para a sobrevivência humana. Olhai para o mar e tentem absorver esta mensagem, só assim será possível perceberem a necessidade, emergente, de ajudar a educar, a nível ambiental, porque, infelizmente, a quem polui, não consigo chegar, só, com esta mensagem. Pensai...




terça-feira, 6 de março de 2007

O Mar dos Açores

Qualquer semelhança com o Frank Sinatra é pura coincidencia

segunda-feira, 5 de março de 2007

O eterno problema!

Foto: (Ruben Farias)


Habitualmente, ao Domingo, não perco a oportunidade de visitar o nosso porto de pescas. Este Domingo não foi excepção. O percurso é quase sempre o mesmo. Percorro todo o porto e depois, no regresso, paro a viatura (sim porque não vou a pé) junto a uma “casinha” existente -futura bomba de combustível. Como sempre, com o olhar, percorro a nossa costa (de Rabo de Peixe). A nossa costa é bonita. Alta e verdejante, nesta época. Mas reparo que para além do verde das plantas e do negro das rochas há lá mais qualquer cor... “Que engraçado, estou a ver pontinhos de vermelho, azul, ena... tantas cores. E que giro... parecem rios… a correr rocha abaixo.” pensei. De repente fez-se luz: “Claro, é o lixo!”, pensei. Pois é. Os resíduos (vulgo lixo) pareciam rios. “ Que engraçado, quase que adivinho em qual é a casa que “nasce” aquele rio... e aquele também... bom...”
Baixei o olhar. Meu Deus. Que cenário. Tanto lixo amontoado, na agua, junto à área de acção do Travell-Lift (Máquina usada para colocar e retirar as embarcações da agua).
Ali estava aquele “cardume” de lixo a boiar, mas... respirei fundo de alívio.
Lembrei-me que, existem associações na nossa ilha que estão muito PREOCUPADAS com o lixo no porto de Rabo de Peixe, e como em Outubro último, vieram cá almoçar... desculpem, digo, limpar (o almoçar foi só para rimar), só tenho de ligar para eles... mas já não me recordo do nome da Associação... acho que é qualquer coisa Minguante ou será Crescente...Bom, não me lembro. Já sei, vou já ligar ao meu amigo Carlos Estrela, que, na altura certa, também os “felicitou”...ele deve saber o nome.

2007 – Ano Internacional do Golfinho

Foto: (Pedro Torres)

Para aproveitar “a janela” aqui aberta pela foto anteriormente publicada (Pedro Torres), aproveito para deixar um apelo a todos os Açorianos.

Sendo os Açores uma “Terra de Mar”, é de máxima urgência começarmos a compreender que o mar não serve só para actividades comerciais e que grande parte da beleza dos Açores está no Mar. Assim, e aproveitando o balanço deixado pelo resto do mundo, vamos todos tentar contribuir para a preservação de todas a espécies marinhas.

Para contribuir para a preservação dos golfinhos, o Programa das Nações Unidas para o Ambiente/Convenção sobre Espécies Migratórias juntamente com o ACCOBAMS - “Agreement on the Conservation of Cetaceans of the Black Sea, Mediterranean Sea and contiguous Atlantic Area” e o ASCOBANS - "Agreement on the Conservation of Small Cetaceans of the Baltic and North Seas" (ambos acordos especializados na conservação de golfinhos) decidiram lançar o Ano Internacional do Golfinho 2007.

A Campanha envolve Governos, Organizações Não Governamentais e o sector privado dando ênfase à necessidade de proteger os golfinhos. Como parceiros conta-se ainda a "Whale and Dolphin Conservation Society" e o grupo turístico TUI, sendo patrono o príncipe Alberto do Mónaco.

Acho que nem eu, nem ninguém, consegue ficar indiferente à passagem de um grupo de golfinhos brincalhões à proa. Vê-los a rasgar as águas transparentes com seus corpos tão perfeitamente hidrodinâmicos é algo que não se esquece tão facilmente.
Para quem estiver interessado na questão, pode (e deve) procurar mais informações na página dedicada ao ano do golfinho em http://www.yod2007.org/en/Start_page/index.html que fornece informações sobre as várias espécies, incluindo a Orca.

sexta-feira, 2 de março de 2007

O momento certo.

(Foto: Pedro Torres)

A Natureza, muitas vezes, oferece-nos momentos de rara beleza.
Obrigado, Pedro.